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Watchmen: As influências científicas e filosóficas

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O 100Grana convida o especialista Gian Danton para comentar sobre as bases conceituais da mais perturbadora obra de super-heróis já feita.

Por Gian Danton

Watchmen surgiu de um pedido que Dick Giordano, editor da DC Comics fez a Alan Moore. A editora do Super-Homem adquirira os direitos sobre os heróis da extinta Charlton Comics e a idéia era fazer uma minissérie em 12 partes com eles. Mas a proposta apresentada pelo roteirista era tão revolucionária que Giordano resolveu disassociá-la dos heróis da Charlton. Assim, entre outros, o Capitão Átomo tornou-se o Dr. Manhattan, o Pacificador tornou-se o Comediante e o Besouro Azul contentou-se com o título de Nite Owl, ou Coruja.

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O enfoque básico de Watchmen partia de uma idéia que Moore já havia experimentado em Miracleman: o que aconteceria se os super-heróis realmente existissem?

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Miracleman: outro grande trabalho de Moore

Moore havia pensado nessa possiblidade quando ainda era criança e lia as paródias do Super-Homem feitas por Harvey Kurtzman na revista Mad.  Kurtzman usava o recurso para causar um efeito cômico, mas Moore pretendia, girando o parafuso, alcançar um efeito dramático.

Assim, Moore faz a pergunta: como seria um mundo sobre o qual os super-heróis realmente caminhassem? Como eles se relacionariam com os seres humanos normais, quais seriam suas angústias, que consequências isso teria?

Para responder a essas perguntas, Moore lançou mão de um dos princípios da teoria do caos: o efeito borboleta. Esse conceito foi elaborado a partir da grande dependência das condições iniciais apresentadas pelos fractais. A mudança de um único número pode transformar completamente o formato de um desenho fractal. A mesma regra vale para alguns eventos não lineares. Assim, o bater de asas de uma borboleta nas muralhas da China pode provocar uma tempestade em Nova York.

Moore transpôs o conceito para os quadrinhos. Se o bater de asas de uma borboleta pode ter consequências tão imprevistas, imagine-se o surgimento de super-heróis. Para Moore, o mundo jamais seria o mesmo. Com isso ele destruiu a ilusão de que deuses poderiam andar entre nós sem afetar radicalmente nosso cotidiano.

Até então, os avanços tecnológicos conseguidos pelos super-heróis não afetavam em absoluto o mundo em que viviam. Um exemplo disso são as histórias do Quarteto Fantástico, no qual apareciam foguetes estelares e computadores capazes de criar realidade virtual, mas essas mudanças não afetavam a vida das pessoas comuns.

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O mundo de Watchmen que, até a década de 60 era semelhante ao nosso, transforma-se com o surgimento do primeiro herói com superpoderes de verdade: o Dr. Manhattan. Seu surgimento fez com que os EUA vencessem a guerra do Vietnã e, de certa forma, a Guerra Fria. O herói tornou possível a produção barata de carros elétricos, tornando os motores à combustão coisa do passado. Até mesmo nos detalhes a vida foi afetada, como na cena em que pessoas estão jantando um restaurante e o garçom serve um peru geneticamente modificado, com quatro patas.

É de se destacar que a própria transformação de Manhattan em um ser super-poderoso é provocado por um fato trivial: o esquecimento de um relógio numa câmara de campo intrínseco.

Essa nova perspectiva e a narrativa não-linear, repleta de flash-backs e de informações em variados níveis tornaram Watchmen a obra a mais revolucionária da época.

Vista sob a perspectiva dos anos 90, Watchmen destaca-se por ser uma obra nitidamente pós-moderna. Algumas características das obras pós-modernas podem ser facilmente encontradas na HQ. Entre elas o uso de formas gastas e da cultura de massas. Na época em que Watchmen foi publicada, a narrativa super-heroiesca parecia destinada ao desaparecimento.

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A construção em abismo é outra característica que encaixa Watchmen no grupo de obras pós-modernas. A história inicia com uma trama básica, a respeito de um matador de mascarados, e, a partir dela, desmembram-se outras tramas. Como num fractal, à medida em que nos aprofundamos, a história vai nos revelando novas complexidades.

Temos ainda o uso de personagens reais (Nixon aparece na história), o pesadelo tecnológico (o mundo de Watchmen está à beira de uma guerra nuclear), o uso de citações e metalinguagem (um garoto lê, em uma banca de revistas, um gibi de piratas que pode ser considerado como uma metáfora de toda a história).

Mas a principal característica pós-moderna da história parece ser a mistura do sério com o divertido. Divertido porque Watchmen é uma história de super-heróis e, em certo sentido, policial, e guarda muitas características desses dois gêneros.

O caráter sério é a discussão sobre o mundo em que vivemos, sobre o que nos tornamos e sobre a ciência e a razão.

Um dos pontos-chave dessa discussão é o Dr. Manhattan que, graças a um acidente em um laboratório, torna-se onisciente e onipresente. Sua criação parte do princípio de que o universo é um relógio e que, sabendo-se como funcionam seus mecanismos, é possível prever sua trajetória. Essa noção do universo como um relógio remonta a Laplace, sendo uma promessa da filosofia das luzes do século XVIII. Acreditava-se que a natureza seguia regras fixas que podiam ser descobertas com o uso da razão, como no caso de um relógio.

A inteligência laplaciana seria onisciente, mas impotente para realizar alterações no mundo à sua volta. Uma vez que tudo é determinado, restaria a ela apenas um olhar entediado sobre o porvir, pois nada poderia ocorrer que não tivesse previsto.

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A inteligência laplaciana, como uma metáfora da ciência clássica, é representada em Watchmen pelo personagem Dr. Manhattan. Manhattan é um ser superpoderoso, mas incapaz de tomar decisões que não estejam incluídas no curso dos acontecimentos. À certa altura o personagem diz: “Tudo é pré-ordenado, até minhas respostas. Todos somos marionetes, Laurie. A diferença é que eu vejo os barbantes”.

Manhattan vive uma sabedoria que, ao invés de libertá-lo, torna-o prisioneiro dos acontecimentos. Essa postura o exime de responsabilidades. Quando a Terra está ameaçada por uma guerra nuclear, ele não se preocupa em intervir, já que tudo está pré-ordenado. Ao ser informado da morte de um amigo, Manhattan responde simplesmente: “Um corpo vivo e um corpo morto têm o mesmo número de partículas. Estruturalmente não há diferença. Vida e morte são meras abstrações. Não me preocupo com isso”.

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Em contraposição ao demônio Laplaciano, Moore cria Ozymandias, um herói que cria estratégias a partir do caos, como pode-se perceber na sequência em ele olha para mutitela e toma decisões.

Em frente à multitela, Ozimandias monta sua estratégia a partir das informações que recebe a respeito da velocidade das partículas que se aproximam da abertura. A partir da entropia inicial, Ozimandias consegue perceber uma forma, um padrão: “Homens musculosos portando armas… justaposição de violência e imagens infantis… desejo de regressão e tendência para subtrair responsabilidades… os itens configuram um quadro de guerra”.

É Ozymandias que nos brinda com um dos melhores momentos de Watchmen, quando Manhattan descobre que, por um momento, não pode prever o futuro. Privado de seu determinismo, ele parece extasiado como uma criança que descobre novidades num objeto que parecia completamente conhecido: “Eu quase havia me esquecido o excitamento de não saber, as delícias da incerteza…”.

Watchmen é muito mais que uma história em quadrinhos de super-heróis. Muito mais.

***Gian Danton é roteirista de quadrinhos desde 1989. É mestre em comunicação científica pela Universidade Metodista de São Paulo e professor universitário em Macapá. É autor do livro Watchmen e a teoria do caos. Visite o seu blog, Idéias de Jeca-Tatu.

Leia a nossa crítica sobre o filme no 100Grana Viu Watchmen

52 comentários em “Watchmen: As influências científicas e filosóficas

  1. muito bom o texto! onde poderia conseguir um exemplar do livro?

  2. Assisti ontem o filme, e esperei essa estréia pra poder ler os quadrinhos. O filme é fantástico, muito bem feito, dirigido e a história é realmente muito complexa e parece ter ainda mais aberturas.
    Com certeza irei atrás de minha edição da HQ, e depois do DVD.

  3. Olá, achei o texto fantástico. Poderia aprofundar-se bem mais neste assunto, pois existe base para.

  4. O livro esta a venda na Livraria Saraiva. Não sei se pode colocar o link, mas ai vai: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=2626291&ID=C8FC62877D903090A04120659

    Qualquer coisa, 100grana pode retirar o comentário sem problema algum.

  5. bom texto mesmo =]

  6. detestei o filme, ao invés de rotularem como filme de ação deviam rotularem como filme de drama, longo e muito chato!! mas como disse o Allan Moore, as questões filosóficas tratadas em Watchmen só ficam boas nos quadrinhos e não no cinema.

  7. Acho que está na hora de criar super heróis diferentes mesmo!
    Que tal Nada-men?! (ei, que foi? -nada-men!)
    Ou Bullshit-man…
    Guard-Men… (será um pássaro… será um avião… não, é um saco plástico) Guard-Men é guarda noturno, e seu nome é Napoleão, também conhecido como Napo. O guarda Napo, é um cara legal, mas quando vê algo incomum, lá vai ele! Voando com sua capa cor manteiga, que ele consegue guardar (até pq é um guarda) debaixo da roupa, nesse calor infernal. E um de seus super poderes é o de não suar, nem na cueca.

  8. E não há no mundo desenho E FILME pior que Speed Racer… haja aquilo que papai noel carrega nas costas. 😀 Foi mal Rubens!

  9. Um corpo vivo e um corpo morto tem o mesmo número de partículas, até mesmo o corpo vivo que acabou de liberar 2 kilos e meio de partículas subatômicas em material inorgânico cheio de água com uma descarga violenta num banheiro de luxo com toalhas felpudas de pura SEDA com fios de algodão sintétiCOOO. (como o sr. sabe, óh digníssimo Dr. Bronx… ow, quer dizer, Dr. Manhattan… -EU CONTEIIIIIIII.. ahhh) A fúria laplaciana com um pouco de tempero metafórico de ciência quantica macro e ainda por cima microestrutural na plactomictomia universalística da submatéria, é algo ASSUSSSTADORRRRR ráh..
    Fart-Men é um cara SUPERPODEROSO… seu super poder é DINÂMICO… ele já fora chamado de CapitÃAAAOO Dynamic-ihhhh. Pois é capaz de realinhar as moléculas exauridas de seu corpo para tomar forma de materiais que frabricam moldes que criam instrumentos que tralham MADEIRAA! Sua última invesão foi um super cachimbo, com um efeito AVASSALADOR!

  10. não vi o filme, nem li os quadrinhos. Mas adorei o
    blog idéias de jeca-tatu e todos os adendos nele
    citados. Voces que tudo odeiam e criticam estão lá
    citados, desde o ano “zero”. rsrsrsrs.

  11. Fulana de tal e qual al al al… olha só o meu mal. Vc até que é legal, especial. Falta um pouco de sal, mas ual, não seja anormal, até pq vc pode fall no chão de pal e fazer uma viagem espacial, suja de cal. desde o a no zero? sai fora garotinha. Isso tudo é muito COMPLEXOOO… e a complexidade da complexa comlexitudo da complexão.. É COMPLEXAAAAaaaaaaaaAAAHHH!
    Já não cabem mais super poderes… super heróis… mutantes… (eu adoro a novela mutantes… :P) só acho que “quem fala o que quer, pode ouvir o que não gosta… ou quer”.
    Não vejo a hora de acompanhar essa “comédia” nos cinemas.

  12. ^
    ^
    Como talvez diria o Manhattan, a web é mesmo um melancólico buraco cheio de desocupados se escabelando por atenção…¬¬

    Parabéns Gian, excelente texto!

  13. Bom muitos foram com idéias erradas do filme, também é um bando de povo que nunca leu a HQ antes.
    Quanto o link aquilo que estão vendendo na Saraiva é a série na edição encardenada final, não é o livro citado na matéria.
    Um heroi ótimo para os dias de hj seria o inutil man que só fala asneiras em tópicos na internet e com certeza ele seria o defensor de uma grande gama de pessoas que aqui falam!

  14. Eu já vi o filme, achei a história bem pensada, mas o filme é muito longo e como é um filme de heróis, acho que precisava de mais ação…

  15. “Fulado”?? Jesus…
    Como talvez diria o Manhattan, a web é mesmo um melancólico buraco cheio de desocupados se escabelando por atenção…¬¬

    Parabéns Gian, excelente texto!

  16. Eu só queria ver o shit do Homem-Aranha (que não gosta de brigar com as irmãs) soltar a teia numa janela de vidro não temperado pra levar uma queda de cara numa boca-de-lobo. O que aconteceria se o homem aranha brigasse numa favela? onde ele penduraria? E tem trouxa que ADORA!!! não gosta de complexidade? Kd a coerência nesse super-shit.. ow.. super-herói?
    O Hulk? Tira a energia dele de onde? Do espinafre??? (puts.. mesmo assim eu curto o verdinho… na boa)
    Miracle-Man??? Esse é nosso querido irmão, que faz aniversário dia 25 de dezembro, com todo respeito.
    Podiam criar um Dr. Favela, à prova de bala, rápido, com uma visão “superior” (sacou?? rs) e tira sua SUPER ENERIA da “farinha”… do “teco”… do “giz”… se é que me entendem. O Dr. Favela fica veloz depois de encerrar a carreira. Ele não dorme! Fica sempre alerta com seus reflexos sobrenaturais. Ele até vê e ouve coisas que as pessoas normais não o fazem.
    Quando eu tiver tempo de manter um blog, vou-me dedicar a essas coisas COMPLEXASSS! até logo galera… vou estudar! 😉

  17. Não! Eu não sou ele… apesar de que somos filhos do mesmo pai.

  18. A idéia é boa, mas desconsidera os outros hq´s com fortes questões filosóficas, como X-man. Ademais é nojento ler um artigo com inúmeros erros de português. E erros grosseiros… Fico pensando na qualidade do pensamento ou da análise também.
    Grato pelo espaço

  19. “se descabelando por atenção” bem, nem tenho blog… muito menos pra viajar no iahu, pagando pau pra tosqueiro, o que não é o caso DESTE.
    Você, com sua resposta, também quer uma fatia do BOLO néee?! danadinho… tentando ser “OHH CAPITÃO DISCRETO”
    Tadim! cara de pudim!

  20. Onde encontro o livro citado na matéria (se possível em português)?

  21. Desculpem a falta de atenção… O livro já em português…

  22. Gosto do que é original, e também tradicional adaptado. Curto muito os “Comics”, mas nunca fui de ler, muito menos colecionar quadrinhos. Eu via uma coisa ou outra e viajava sozinho. Por um cuto período de tempo. Sempre ocupei minha mente com coisas mais produtivas. Essa onda de “minino buchudo” que fica vidrado com pouca coisa ou com viagens que não entende (pq tem gente que curte a complexidade indivisivelmente incompreensível.. pq quando se compreende perde a graça) não é muito a minha praia. Gosto da irrealidade tangível, com uma utilização de conceitos e filosofias usuais ou imagináveis… ou o imáginário lógico, com pé em lições científicas, sonhos científicos. Projeções de realidades futuras, de possibilidades, num universo paralelo ou não. Da atuação na nossa realidade e seus efeitos. Só não me venha com Dr. isso… Dr. aquilo… esse lance clichê Fulano Atômico, Molecular, quase inerte. Esses caras que tem super poderes mas que só usam com a boa vontade do diretor, pra não estragar a história. Vejam o “Heroes”, um ótimo exemplo do que é nojento. Poderes usados por conveniência da história… pra segurar os “troxas” na tela.
    Homem aranha é um bundão!
    Super homem é um fraco! Lex é legal
    Jumper, não é super herói, não entra na onda do “Comics”, mas é original.

  23. Assisti o filme e tenho a primeira edição de Watchmen, gostei muito visualmente do filme, sempre tive o discernimento de separar linguagem cinematografica de outro tipo de linguagem como os livros e quadrinhos, creio que apesar da mudança no final da trama com relação aos quadrinhos o teor da obra (da discussão sobre como seria a relação de “pessoas comuns” com os super herois), ainda está ali! É muito dificil passar uma obra para as telas do cinema, por isso acho uma bela adaptação!
    Além de que ela cria uma curiosidade no público que ainda não conhecia, de conhecer a obra em quadrinhos!

  24. Fulano. Concordo com você. É preciso criar novos super heróis. E sua idéia é fantástica. Venderia milhões de gibis e com certeza seu bolso esbanjaria dinheiro. Seria preciso um guard-man, para guardar todo o dinheiro que ganharia com esta idéia. Porque não cria uma história? Eu seria o leitor número um de seus gibis rsrsrs. Abraço!

  25. Wolverine é o cara! TOTAL!… todo mundo gosta e eu tb. Sua natureza humana, agressividade, sarcasmo, ignorância… etc
    Iceman é legal.
    Jean Gray é bacana.
    Vampira é muito legal.
    Colossus, um dos meus favoritos. Curto a conveniência metálica… voltar ao normal numa boa.
    Noturno mt bom, mas pra q azul???????
    Magneto, ridículo. Como o trouxa voa??? Se apoia no magnetismo terrestre? Arremessa coisas dispresando a reação da força e a inércia do próprio corpo. Quem arremessa um carro, tem que cair. Ação, reação!!!
    Juggernaut, show!
    Tempestade, hore!!!!!!!!!!!! Manda fazer chover no nordeste.
    Ciclope, tem poder pra kacete segurado com um óculos escuro vagabundo. Copiou do super man, só que o super lata tem mais coisas… é menos sem graça.
    Homem de Ferro, sempre foi meu favorito!!! Muito original… e o filme ficou bem na tela. Tony Stark é cabeção (o que jé é por si só um super poder desejado) e tem um sarcasmo mais cotidiano, meio sacana. Que é show! O filme ficou mt bom! Tecnologia é um tesão.
    Transformers, é muito legal. Mesmo sem ter explodido por aqui… é até bom pq fica mais exclusivo.

  26. Concordo plenamente com o fulado, tô contigo e não abro. Eu achei o filme bem chato, porque não diz nada além do que exaustivamente já foi dito por toda a modernidade. O filme é uma justaposição de tudo com tudo, é como colocar ketchup, maionese e molho shoyo juntos. Fica nojento. Assim como é nojenta a projeção intelectualóide de um produto quase cultural. Que benjamin nos ajude.

  27. Crtl C + Crtl C do meu comentário do MdM:

    Eu não sei qual é a mania mais idiota, se a Brian Synger em escalar atores inadequados para papeis de vilões em adaptações só porque são gays ou a de Zack Snyder, de transformar vilões em homossexuais em seus longas…
    Fico imaginando um filme do Superman dirigido por Snyder… Lex Luthor provavelmente seria uma versão branca e americana do cara que fazia a Vera Verão… A mania de Synger eu até entendo, o cara é homossexual militante e acha que promove a sua causa colocando atores gays em papeis de destaques em seus filmes, mesmo que esses atores não sejam os mais indicados para os papeis, mas e Snyder ? Ele consegue desagradar a todos com essa mania…
    Na minha opinião, o Ozymandias deveria ter sido interpretado pelo ator Gordon Currie, que já fez um personagem quase idêntico ao Ozzy na série de filmes evangélicos “Deixados para Trás”…

  28. Há alguns anos atrás comprei este livro no próprio site da editora: http://www.marcadefantasia.com/ Acho que é o único lugar onde se pode encontrar o livro.

    É pequeno mas vale a pena a leitura, gostei muito na época e estou para relê-lo agora com o lançamento do filme.

  29. Nusss… Muito bom o texto, adoro essas teorias. Parecem tão absurdas e, ao mesmo tempo, verdades invisiveis…

    Masssssss, muito bom o texto, parabens, vou concerteza assistir o filme…

  30. Se liga o lion king! rsrsrsrsr
    “nussss..” que coisa mais gueba

  31. @Fulado: Estamos de olho nos comentários. Atenha-se a comentar o texto e não alfinetar os leitores. Obrigado.

  32. Oi caras de bois,

  33. Eu sei que não se encaixa no tópico da conversação, mas acredito que é completamente ilusiva uma imagem mais filosófica ao redor de super-heróis imbecis. Além do mais, se alguém for apelar para o fato de que, mesmo sem um conteúdo um pouco mais profundo, essas histórias ainda conseguem bolar bons personagens ou enredo, eu gostaria de lhe apresentar http://www.tvtropes.com.
    Quanto à filosofia emoldurada pela ficção, simplesmente leiam Umberto Eco, Marion Zimmer Bradley, ou até mesmo, se preferem-na sob um ponto de vista totalmente irônico e imaginativo, Terry Pratchett

  34. Parabéns ao Escritos Gean Danton pela inteligência em prontidão filosófica em associar o evento criativo do filme saído das histórias em quadrinhos para as questões do mundo pós-moderno.
    Penso que na rede de mentalidade se forma em todas as áreas e essa é uma delas, nas artes populares se disseminiando uma tendência da evolução do ser humano para o entendimento da teoria do caos, da ação dos fractais, do efeito borboleta, da complexidade, e também de teoria da incerteza descoberta na física e como tudo na ciência se reflete em nosso dia-a-dia em nossas ações, Necessitamos de mais filósofos e pensadores de uma forma geral. E que isto surja de todos os campos de ação e porque não repito, das artes populares como estas citadas. Sugiro inclusão da mais nova inteligência, filosofia, sabedoria, que é a eclosão da TRANSDISCIPLINARIDADE, surgida na França e com estudiosos hoje no mundo inteiro.

  35. Fala sobre uma série em quadrinhos, que tem bases filosóficas…

  36. As explicações filosoficas sempre são muito interessantes no que tange sua aplicação á produções cinematograficas e literatura. Dentro das HQs, podemos observar uma serie delas, como o existencialismo, o determinismo, alusões ao cristianismo. Muitos não compreendem, que na maior parte das vezes é essa junção que nos aproxima e nos hipnotiza tanto! Otimo o texto

  37. …muito bem elaborado, podendo ser usado alguns trechos em muitos estudos voltados para introdução à filosofia, em cursos de ensino médio.

  38. Bem, eu não conhecia a história mas gostei do filme. De forma geral ele quebra o paradigma de perfeição do herói que a maioria das pessoas possui e ainda tem um ar cômico misturado com violência BRUTA!(O ICONE DO FILME ILUSTROU PERFEITAMENTE ESSE LADO). Ao mesmo tempo oferece uma trama muito bem feita e um visual fantástico. A questão da teoria do caos foi abordada de forma bastante superficial mas apenas para não tornar o filme enfadonho.
    O Dr. Manhattam é a parte mais absurda da história, mas ele acaba dando um equilíbrio pra história e rende algumas cenas hilárias!!(a do sexo por exemplo).

  39. Ainda posso dizer que deixa claro a descrença na existencia de um Deus (muito sutilmente) entre outras coisas.

  40. Não tenho dúvidas e podes crer que esse tal de fulado se entregou.
    Quem fala fuladooooo, complexoooo, asssustaaadoorrrrrrrrrrr, capitãããããooooo, se ainda não saiu, logo sairá do armário.

  41. Gostei, mas a obra não é pensada para um meio que busca escapismo e entretenimento – Zack Snyder se esforçou. Pô tô reviravando as caixas de gibis e não acho meu Watchmen, que porre!

  42. Ainda não vi o filme, mas gostei muito da hq.

    Também gosto de super heróis aracnídeos, verdes, e que disparam raios dos olhos, mas Watchmen é diferente, sóbrio e mais direto em certos pontos. Na revista, por exemplo, são poucas as cenas de porrada; o foco é mais a natureza humana dos heróis, que também são seres humanos. Não tem aquele velho maniqueísmo do Superman (na boa, não gosto do escoteiro aí), que torna previsível o desfecho. O barato de Watchmen é isso, vigilantes no mundo real. Acho que fica complicado para quem gosta demais do universo mutante/voador dos heróis tradicionais gostar desse tipo de ponto de vista. Eu digo que são gostos diferentes, abordagens diferentes, e isso foi o que me interessou a ler Watchmen (assim como Preacher tem jeito de Matanza, ^^).

  43. […] pelo menos, até o final do ano.), mas pra quem tá no mesmo nível que eu de conhecimento, vi esse post aqui, no blog 100grana, falando sobre a origem da HQ, influência filosófica e otras cositas […]

  44. Porcaria!!!!

  45. Texto ótimo !!!!

    Filme péssimo ….. cansativo

    Abraços

  46. […] inicial do texto de Gian Danton no 100.grana. Ele é mestre de comunicação científica pela Universidade […]

  47. […] Mais visões sobre Watchmen Para quem já assistiu a “Watchmen – O Filme”, um texto interessante, de autoria de Gian Danton, dentro do blog “100Grana.com”: – Watchmen: As influências científicas e filosóficas […]

  48. Como em todo lugar temos gente querendo chamar mais atenção do que o texto.

    “Curto muito os “Comics”, mas nunca fui de ler, muito menos colecionar quadrinhos” – ou seja, o cara não fala coisa com coisa e precisa desesperadamente de atenção. Pqp.. como tem LOSER na internet.

    Ao que interessa de fato.

    Achei uma ótima análise de Watchmen, conhecia alguma coisa mas nunca fui muito a fundo nessas questões. A impressão que tenho é que tu pode reler Watchmen e cada vez descobrir mais coisas, tamanha sua complexidade.

    Não vi o filme (todo) ainda, mas por tudo que vi até agora, imagino que seja um filme para “iniciados”. Os fãs de pancadaria e ação não devem ter o mesmo interesse. Mas em nenhum momento eu espero ver um filme de ação. Watchmen deve estar mais para Blade Runner do que Star Wars.

    Abs!

  49. […] Watchmen: As influências científicas e filosóficas O 100Grana convida o especialista Gian Danton para comentar sobre as bases conceituais da mais perturbadora obra de […] […]

  50. […] Watchmen: As Influências Científicas e filósoficas […]

  51. […] artigo, escrito para o blog 100Grana em março deste ano, o professor comenta as influências científicas e filosóficas da obra de […]

  52. num li queru saber o nome do de mascara branco e preto que meche

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